A reunião da turma Ashaninka Tarde, que aconteceu no início de maio, contou com um roteiro desafiador para as famílias presentes! Organizamos a sala em cantos de trabalho, assim como fazemos cotidianamente com as crianças. Essa é uma ação pedagógica baseada nas práticas de Freinet. Em cada espaço acontece uma proposta distinta e todos(as) se organizam para passar por todos os cantos. 

Na noite da reunião, pais e mães circularam pelos cantos da pintura, da dramatização, do desenho, da leitura e da matemática, cuidadosamente planejados para eles/elas. O objetivo foi aproximar as famílias do nosso dia a dia e ajudá-las a entender a intencionalidade de cada proposta.
Para começar nosso encontro, fizemos fichas de chamada com os nomes das mães e dois pais. Depois, no canto da matemática, a partir dessas fichas, estabelecemos alguns critérios de agrupamento que resultaram em diferentes contagens: número de mulheres, de homens, de famílias, quantos nomes começavam com a mesma letra...
Para provocar o grupo, a literatura se fez presente com a história A princesa e ervilha e em um dos cantos fizemos o convite para que cada um desenhasse o seu príncipe ou a sua princesa. O grupo ainda se divertiu no jogo simbólico no canto da dramatização. Deu asas à imaginação na pintura, no cavalete, e mergulhou com encantamento nos títulos disponibilizados no canto da leitura.
Chegou a hora do lanche e todos ajudaram a organizar a sala. Alguns se esqueceram de trazer a “merendeira”, mas não ficaram com fome. Partilhamos uns com os outros quitutes e bebidas.
E para finalizar, fizemos uma roda para registrar as impressões de tudo o que foi vivido. A professora foi a escriba. Confiram o texto coletivo:

Foi legal passar um período vivenciando a rotina, o cotidiano, o dia a dia das crianças da Ashaninka Tarde. Participar dos cantos de trabalho nos deu a ideia das atividades desenvolvidas para as crianças e da participação delas nesse processo.
Também nos trouxe memórias da infância, onde cada um viu diferenças e semelhanças com o que as crianças vivem.
No final das contas, todos se reaproximaram do tempo de criança, da sua própria infância. Socializamos, conversamos e trocamos histórias.
Ah, e também lanchamos! Só faltou fazer a roda de frutas!

Um encontro cheio de sentidos. É isso que queremos construir com nossos meninos e meninas no cotidiano da escola.

Talita da Silva Gomes de Sousa
Professora do Ashaninka Tarde

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