Aula-passeio na Floresta da Tijuca

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No cotidiano da escola, proporcionamos sempre para as crianças o contato com os elementos da natureza de diferentes texturas, que propiciam diversas possibilidades de exploração. No pátio azul, nossos(as) pequenos(as) investigam os canteiros à procura de bichinhos escondidos entre as plantas. É comum encontrar besouros, joaninhas, lagartas, formigas, percevejos e borboletas. Eles observam os pássaros que chegam às árvores e acham muitas folhas caídas no chão que se transformam de mão em mão, ganhando novos sentidos.
Também exploram espaços onde proporcionamos o contato com água, pedras, gravetos, galhos, troncos, terra, cascas entre outros. É sempre um convite a novas possibilidades, que ampliam o repertório e as narrativas do fazer, sentir, viver e aprender, favorecendo o alargamento do potencial criativo que existe em cada criança.
Diante da familiaridade e o interesse das crianças com esses materiais, planejamos uma aula-passeio na Floresta da Tijuca, com o intuito de enriquecer as narrativas e as experiências.
Lá, sentimos o cheiro gostoso da natureza, tocamos, investigamos os troncos das árvores, apreciamos os peixes que estavam no lago, encontramos bichinhos e elementos no chão, passamos numa ponte, fizemos um piquenique, vimos e chegamos bem perto do quati - animal também conhecido por tamanduá palito e anda sempre em bando. As crianças queriam oferecer comida pra eles.
Também corremos, subimos e descemos dos brinquedos que encontramos no parquinho. Exploramos todo o espaço, paramos para ouvir o silêncio e os ruídos quem vinham da floresta.
O momento mais incrível e poético durante o passeio foi quando perguntei para as crianças, enquanto apreciávamos o rio que passa por lá: “Vocês querem molhar o pé?” E a resposta foi unanime! Sem muitas palavras, tiraram os sapatos e entraram no rio. E assim fomos juntos, caminhando pelo rio, sentindo a água fria e a lama. Não molhamos só o pé, claro! Foi uma sensação sensorial tão maravilhosa que ninguém queria sair. E para fechar nossa manhã com poesia que vem do céu, a chuva chegou devagar. Sentimos a sua suavidade na pele e voltamos para a escola com os pés descalços.
E assim, vivemos os inéditos que a natureza nos proporciona, acionando os afetos consigo mesmo, com o outro e com o ambiente. São marcas que o tempo não apaga da infância e fica guardado no corpo e na alma.
Apreciem os registros dessa aventura!

Ana Lúcia Silva, professora da Tukano Manhã

 

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