Lanche Coletivo: lugar de afeto e aprendizagem
“Meu lanche preferido foi o peixe assado”
“O meu foi o ninho de passarinho, no segundo ano”.
Crianças Zo’é e Aruá Manhã
Quando planejamos o trabalho trimestral com as turmas, pensamos também em um Lanche Coletivo, preparado pelo grupo, que represente as vivências mais significativas deste período. Um bom exemplo foi o que realizamos envolvidas pelo Projeto Viagem, tão aguardado pelas crianças.
Este ano, o destino dos Zo’é e dos Aruá, turmas de 4º e 5º anos, respectivamente, foi a cidade histórica de Paraty. A proximidade da aula-passeio suscitou nos dois grupos discussões importantes. Lemos juntos o livro Mati e Rita – a orca e a caiçara, de Bia Hetzel, estudamos a geografia da região, além da economia e culinária local produzida pelo povo caiçara, inspiração para a nossa atividade. O lanche escolhido foi previamente pesquisado e elaborado a partir das deliciosas receitas dos habitantes deste pedacinho do litoral brasileiro.
Para além das aprendizagens construídas, o eixo da cooperação, caro à pedagogia de nossa escola, foi exercitado durante todo o tempo de preparo dos alimentos. A realização do Lanche Coletivo, prática comum na cozinha escolar do Baixo Bonfim, nos remete à importância de formar grupos coesos e fortalecidos, com a marca do afeto, construindo cotidianamente histórias que temperam também as lembranças de cada criança envolvida nesse processo.
É com essa saborosa afetividade, entre temperos e doçuras, que nossas crianças vão tomando gosto pelas aprendizagens, tornando-as duradouras e consistentes.
Fernanda Inácio, Danielle Sá e Cássia Novelli
Professoras Zoé e Aruá Manhã