Nossa História
- Categoria: Escola
- Publicado: Segunda, 19 Outubro 2015 02:21
- Escrito por Super User
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Oga Mitá, a “Casa da Criança”, nasceu em 1978. Depois de tantos anos ainda nos surpreendemos e comemoramos muito cada passo, cada conquista. Como uma criança que descobre o mundo.
Cronologia
Fevereiro de 1978 – Abertura da escola com turmas de Educação Infantil, na casa da rua Sá Viana, no 20, Grajaú - Rio de Janeiro.
1979 – Criação do CERENO (Centro de Estudos da Região Norte). A AMGRA (Associação dos Moradores do Grajaú) passou a se reunir no espaço da escola.
Desde 1979 – Pais/mães e professores/as passaram a participar da gestão da escola.
1982 – Lançamento do LP “Enquanto houver criança”, de Mauro Menezes e Paulo Romário, copatrocinado pela escola.
1983 – Coprodução do espetáculo “Ou Isto ou Aquilo”, apresentado pelo grupo Hombu.
1984 – Abertura de turmas até a 4ª série do Ensino Fundamental, na casa da rua Maxwell, no194, Vila Isabel - Rio de Janeiro.
1986 – Construção da biblioteca "Quincas", na casa da Maxwell.
1987 – Início do projeto de informática educacional com a utilização do projeto Logo.
De 1994 (até 1998) – Funcionamento da Escola de Professores, criada em parceria com outras instituições, um espaço voltado para a formação regular e atualização de professores/as.
1998 – Ampliação do trabalho pedagógico até a 8ª série do Ensino Fundamental, na casa da rua Conde de Bonfim, no610, Tijuca - Rio de Janeiro.
1999 – Inauguração da biblioteca Conde Quincas, na casa da Conde de Bonfim..
1999 – Início da participação na Agenda Social (Grande Tijuca), uma ideia lançada por Herbert de Souza, o Betinho, em 1996, que visava criar ações conjuntas e compartilhadas para inverter o quadro de desigualdade do Rio de Janeiro.
2001 – Lançamento do vídeo “Condutores(as) de Memória”, uma das ações vinculadas à participação na Agenda Social.
2001- Criação da ONG Moitará.
2001 - Inauguração da RÁDIO GRANDE TIJUCA, cujo objetivo era criar uma rádio na escola, com participação dos estudantes. Posteriormente sua ação foi ampliada para integração com moradores da Grande Tijuca.
2001- Apresentação de nossas experiências educativas e de integração na comunidade da Grande Tijuca no Fórum Mundial de Educação, em Porto Alegre.
2002 – Início do projeto Curumim, que atendia a alunos das escolas municipais das redondezas.
2003 – Realização da festa-baile no Tijuca Tênis Clube em comemoração aos 25 anos da escola.
2006 – O Ensino Fundamental II mudou-se para a casa da rua Pontes Correia, no 137, Andaraí - Rio de Janeiro.
2007 – Foi instituída a proposta pedagógica de meio turno para o Ensino Fundamental II, com a opção de permanência no horário integral.
2010 – O Ensino Fundamental II retornou à rua Conde de Bonfim, agora no número 1.305, Tijuca - Rio de Janeiro.
2012 – Inauguração do Ensino Médio na casa da rua Conde de Bonfim, no 1.305 (Alto Bonfim).
2012 – Publicação do livro “Educar exige-nos”.
2013 – Realização dos Seminários Oga Mitá, em comemoração aos 35 anos da escola.
2016 – As turmas do Ensino Fundamental I passaram a ocupar a casa do Baixo Bonfim, assim apelidada porque se localiza na parte baixa do terreno da Conde de Bonfim, no 1.305.
2018 - Comemoração dos 40 anos da escola - Realização do Seminário Educação e Resistência; de Círculos de Encontros; Festa dançante; Mostra de Vídeos; Publicação e lançamento do Almanaque 40 Anos.
A Casa da Criança
Mais do que um simples nome, Oga Mitá é um conceito em que cada indivíduo é reconhecido como verdadeiramente único em todas as suas dimensões.
Na época da fundação da Oga Mitá, as escolas optavam por nomes estrangeiros ou no diminutivo, ou ainda os famosos Tia Fulana. Os fundadores da escola optaram por um nome que explicitasse seu posicionamento político-pedagógico: a valorização de nossa história, nossa cultura, e o respeito às diferenças étnicas, de gênero, de valores e socioculturais. Por isso, fizeram uma pesquisa no “Dicionário Guarani Português”, de Luíz Caldas Tibiriçá, encontrado na casa do avô de um deles, e optaram por “Oga Mitá”, uma adaptação da língua indígena que significa "Casa da Criança".
Nomeação das turmas
Nossas turmas têm nomes em vez de números de referência. Saiba o porquê dessa escolha e como se dá o ritual de nomeação, que une os estudantes mais velhos aos mais novos.
No começo, as turmas eram chamadas de maternal, jardim etc., até que surgiu, entre os/as professores/as, a ideia de nomeá-las com nomes de povos indígenas do Brasil. Optamos por esse processo de nomeação das turmas porque valorizamos as etnias que constituem nosso povo, bem como a forma como se organizam e vivenciam relações cooperativas e respeitosas. É, ainda, uma forma de reconhecer cada indivíduo como único, de ampliar e fortalecer o sentido de comunidade e construir identidades, pois o nome escolhido acompanha a turma durante o processo de construção de sua história na Oga Mitá. A primeira turma se chamou Timbiras. A partir de determinada época, esses nomes passaram a ser escolhidos pelos/as estudantes.
Atualmente, a turma que está saindo da escola pesquisa, vota e escolhe o nome que identificará a turma de 1o ano do Ensino Fundamental. Esse ritual de nomeação une os/as estudantes mais velhos/as aos/às mais novos/as, e nossa história deixa de ser linear e sequencial para se tornar cíclica, como a mandala que nos simboliza.
Conheça adiante todas as turmas que passaram pela Oga Mitá.
- AIKANÃ
- AMANAYÉ
- APINAGÉS
- APURINÃ
- ARARA
- ARAWETÉ
- ARUÁ
- ASHANINKA
- ASURINI
- AVÁ-CANOEIRO
- AWETI
- BOROROS
- CAETÉS
- CARAJÁS
- CRAHÓ
- CUIATÃ
- ÉRAMOS SEIS (Foi a 1ª turma de 8ª série, formada com estudantes que ingressaram no recém-inaugurado segmento do Fundamental II, por isso não houve escolha de nome; eles próprios se nomearam.)
- FULNI-Ô
- GAVIÃO
- GUAJAJARAS
- GUARANI-NHANDEVA
- GUARANI MBYA
- IANOMAMI
- KAAPOR
- KAIAPÓ
- KAIMBÉ
- KAMAIURÁ
- KAXINAWÁ
- KAYABI
- KRAHÔ-KANELA
- KRENAK
- MATIS
- MYNKY
- NAMBIKWÁRA
- PARECIS
- PARINTINTINS
- PATAXÓ-HÃE-HÃE-HÃE
- PATAXÓS
- PIPIPÃ
- POTIGUARA
- POTIGUARA ORÉ
- POYANAWÁ
- SURUÍ-PAITER
- SUYÁ
- SUYÁ ETÉ
- SUYÁ GUARINI
- TABAJARAS
- TAMOIO
- TAPAJÓS
- TERENA
- TIMBIRAS
- TIRIÓ
- TIUÍ
- TSAWIDI
- TUKANO
- TUCUNA
- TUCUNA ORÉ
- TUPINIQUIM
- TXUCARRAMÃE
- UANANA
- URU EU-WAU-WAU
- WAIÃPI
- WAIMIRI ATROARY
- WAIWAI
- WAIWAIMIRI
- XAVANTES
- XICRINS
- XICRINS ORÉ
- XIMININS
- YAWALAPITI
- ZO’É
O significado da nossa mandala
A mandala é uma forma de representação presente em praticamente todas as culturas, as quais lhe atribuem diferentes significados. Para nós, a forma circular representa a unidade e a integração com o outro; a espiral traz o movimento, a consciência de que a mudança é constante na vida; e as pontas irregulares ilustram a convivência com a diversidade.
Nossa mandala expressa, então, a escola que tem o ontem como parâmetro, o hoje como chão e o futuro como desejo, sempre em marcha, que diz sim à vida.