O livro O menino Nito, de Sonia Rosa, esteve presente em muitas manhãs do 1° trimestre. Realizamos leituras de diferentes maneiras, conversamos sobre a história, fizemos atividades coletivas e individuais, nos cantos de trabalho.
Os sentimentos que envolvem o personagem principal, Nito, afetaram intensamente a nossa galerinha que, através da oralidade e dos desenhos, conseguiu expressar suas percepções.
O machismo carregado nas falas do pai de Nito causou indignação por aqui. Em nossos diálogos percebemos que muitas pessoas, assim como o pai do menino Nito, têm atitudes machistas e, infelizmente, tudo isso vem de tantos anos.
Concluímos que todas e todos podem e devem chorar para expressarem seus sentimentos. Também é importante tentarmos falar o que sentimos, para além de chorar. Pedir ajuda é um caminho bem bacana para resolver os problemas que, por vezes, não conseguimos sozinha/o.
Pensamos nas características físicas do Nito, como tom da sua pele, cabelos, seu tamanho, seus traços, seu corpo de forma geral e, coletivamente, desenhamos!
O envolvimento dos/as Mbya com esta narrativa foi tão grande que começamos a pensar na possibilidade do Nito sair das páginas dos livros. E não é que isso aconteceu mesmo? Entre tecidos, agulhas, linhas, tesouras e outros diferentes materiais, Nito ganhou forma e se materializou! A construção, o fazer pelas próprias mãos tornou ainda mais significativo para as crianças esse momento. Confira algumas imagens do nosso processo criativo!
Aliny Lobo (Professora da Guarani Mbya manhã e tarde – 2° ano Ens. Fund. I)
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