A turma Aruá Tarde tem vivido momentos ímpares em 2017. Desde o início do ano letivo, nossas crianças têm sido provocadas a refletir sobre a importância e a responsabilidade de cada um no grupo. E foi seguindo esse caminho que vivemos um momento muito especial e, é claro, não podemos deixar de dividi-lo com toda a comunidade escolar.

A proposta tinha a intenção de provocar nossos estudantes para que eles percebessem o quanto são um presente dentro do seu grupo. Em parceria com a dinamizadora da biblioteca, Ana Ribeiro, fizemos a leitura dramatizada do poema “O presente”, de Neusa Peçanha. A poesia começa quando uma menina chamada Juju ganha um presente de sua madrinha. Uma caixa florida, com um lindo laço de fita, guarda um presente misterioso. Durante a leitura há uma expectativa para abrir a caixa. O texto deixa pistas que não é algo comum ao universo infantil: uma boneca, um robô, uma máquina de fazer tricô... Ele termina perguntando o que foi, afinal, que a Juju ganhou?  

E foi assim, provocados pela história, que cada Aruá abriu o misterioso presente da Juju. Foi uma revelação! Uns sorriram, outros se espantaram, tiveram aqueles que admiraram e outros que amaram... Você deve estar curioso(a) para saber o que afinal havia dentro da caixa. Era um espelho. Isso mesmo, um espelho! Cada um se viu como um presente deste grupo tão maravilhoso.

Depois de tantas emoções, conversamos com as meninas e os meninos da turma trazendo o questionamento sobre o que é ser/ter um presente e, ao final, todos se perceberam como um presente que compõem o grupo.

Como numa costura que tecemos ponto a ponto, este momento nos levou a outro, um lanche troca-troca. Propomos que cada criança pensasse em um lanche para presentear a turma. Esse lanche deveria vir como um presente. Desta maneira, deveria ser embrulhado com muito cuidado e delicadeza, pois quando oferecemos uma lembrança para alguém queremos dar o melhor que podemos.

No dia combinado, as crianças trouxeram seus lanches. Foi lindo ver o cuidado de cada um e, também, sentir o afeto que temperava as delícias e gostosuras trazidas por elas. O zelo com as embalagens feitas pelas próprias crianças mostrou como nossos pequenos e pequenas se envolveram no que foi proposto.

Esses encontros confirmaram o quanto cada um é importante para o outro, o quanto precisamos cuidar das relações afetivas, respeitando as individualidades que nos constituem, e que o Aruá é um grande presente para nós!

Gabriela Santos – Professora da turma Aruá-Tarde
Ana Ribeiro – Dinamizadora da biblioteca